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Do Simples ao Sofisticado Nós temos o melhor para você!

 


Estação Ferroviária

HISTORICO DA LINHA: O ramal de Jaguarão foi aberto em 1932 para unir a estação de Basílio, na linha de Cacequi ao
Rio Grande, ao Uruguai, depois de cruzar a ponte internacional sobre o rio Jaguarão. Por ali podia-se seguir para
Montevideo de trem. A linha foi totalmente desativada por volta de 1979. Os trilhos foram arrancados, exceto no trecho
entre Jaguarão e o rio Uruguai. Quando veio a supressão oficial do ramal em 1994, a linha já era uma saudade havia
muitos anos.
A ESTAÇÃO: A estação de Jaguarão foi inaugurada em 1932 como ponta de linha do ramal de Jaguarão. Da estação os
trilhos continuavam até a cidade de Rio Branco, no Uruguai, depois de cruzar a ponte internacional (Ponte Mauá) com
trilhos de bitola dupla, correspondente à métrica brasileira e a bitola uruguaia, maior. Em 1942, construiu-se um
prolongamento para uma nova estação no abrigo de Polinício, próximo à estação para alojar os viajantes, na subida norte
para a ponte internacional. A partir desse ano, era dali que o trem seguia para a ponte. O trem uruguaio de conexão até
Montevideo esperava no meio da ponte, na chamada parada Ponte Mauá. Por muito tempo havia uma automotriz diesel
(litorina) correndo no trecho Ponte Mauá - Montevideo, depois a AFE uruguaia passou a usar os trens diesel
ACIMA: Uma diesel Alsthon 822 da AFE uruguaia no pátio de Jaguarão, em 16/12/1994 (Foto Alfredo Rodrigues).
Ganz-Mávag (húngaros). Segundo se conta, os trens brasileiros entravam na estação de Rio Branco, no Uruguai e do
outro lado da ponte, para a baldeação. Até 2005 a linha da bitola 1,435 m atravessava a fronteira e chegava até à
estação de Jaguarão. Era pouca carga, em geral arroz da região de Vergara e Treinta y Tres, a 200 km da fronteira, no
Uruguai. Porém, a partir desse ano problemas estruturais na ponte impedem os trens uruguaios de atravessá-la, tendo
cessado o seu tráfego. A estação de Jaguarão pertence à cidade, e os trilhos à AFE uruguaia, que contínuam por alguns
centenas de metros no leito da antiga linha métrica brasileira erradicada. No ano 1960 existiu uma litorina rápida ligando
Rio Grande (só às 3as, 5as e sábados) em exatamente 5 horas até Polinicio (239 km) com poucas paradas nesse

trajeto, possibilitando uma baldeação imediata até e desde Montevideu, pela então RFFSA, onde era chamado de

"Rápido Rio Grande-Montevideu". ACIMA: Trilhos da AFE uruguaia em Jaguarão. Estes trilhos vão até o pátio da

ex-estação de Jaguarão da VFRGS. Com a suspensão do tráfego de trens na ponte Mauá, os trilhos estão virando

canteiro central. Como curiosidade: no fim desta rua há uma curva a direita e em seguida é o início da rodovia BR-116

(Texto e foto de Alfredo Rodrigues, 31/5/2008). "Quando foi que partiu o último trem de Jaguarão? Que maquinista teve a

sina do adeus? Adeus a Deus... aos deuses... Vulcano, não foi de tuas forjas que saíram os trilhos abandonados dos

homens? Ou os bordados de ferro do portão da enfermaria? A História se enferruja; a epidemia do abandono varreu tudo,

como um vento frio de inverno. O verde do limo se derrama pelo teu rosto como uma lágrima, ó estação abandonada.

Na tua cabeça de telhas, meteoros da maldição fizeram buracos que só servem para a luz mostrar a escuridão. Tuas

portas já não servem para nada. Quantos entraram e saíram, ó portal do espaço, chegados e partidos em viagem pela

avenida dos trilhos? As perguntas não têm respostas, porque é preciso coragem para responder. Porque a resposta é

''Vergonha!'' A vergonha de abandonar o mundo de nossos antepassados, porque ele ficou velho. A vergonha de não ter

olhos para as raízes, a alma da cidade. Por isso, a fotografia incomoda. Implacável, Nádia tira o véu que cobre as

vergonhas nossas - aquilo que fizemos ou permitimos fazer com a alma de nossas cidades. Nossos monumentos -

testemunhas do passado, como a estação e a enfermaria de Jaguarão" (Alexandre Garcia, jornalista, 29/09/1999).

(Fontes: Alexandre Garcia; Guias Levi, 1932-1981; Relatórios da VFRGS, 1920-1968; Samuel Rachdi, Suíça; Patrimônio

Ferroviário do Rio Grande do Sul, IPHAE, 2002; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Samuel Rachdi, 2007;

Coaraci Camargo, 2007; Wanderley Duck)